Conselhos de papai

Considero o meu pai uma pessoa iluminada. Ele é um homem que eu sempre julguei perfeito para casar e para ser pai. Ele é amoroso, cuidadoso, delicado para entender e gostar de morar com cinco mulheres (mamãe, Sil, Lê, eu e Anja) e, além disso, é um excelente conselheiro.

Sempre que tenho problemas, dificuldades, dúvidas ou apenas quero pedir a sua opinião para qualquer coisa ele está pronto para me ouvir e dizer o que pensa sinceramente, isso sempre na maior calma do mundo.

Quer exemplos? Ele me incentivou a comprar o meu carro, a cursar jornalismo na faculdade, a não aceitar um emprego (de merda) de volta e muitas outras coisas...

Mas, nos últimos tempos, tenho ficado com medo de ouvir o que ele tem para me dizer. Meu pai enxerga longe e como ele não fica pré-julgando as pessoas e nem os fatos, as nossas últimas conversas me deixaram de coração apertado. E como ele sabe disso, senti que ele andou “fugindo” de mim.

O fato é que mais cedo ou mais tarde nós vamos conversar sobre o assunto que anda martelando na minha cabeça. Sei que ele vai ser imparcial e vai me indicar o caminho que ele acredita ser o mais seguro a seguir. Só espero que o meu coração aguente e que eu não comece a chorar feito uma menina de oito anos, como foi da última vez.